O termo "Buckfast®" foi usado pelo irmão Adam, em publicações ou artigos relacionados com o seu trabalho de seleção (uma abelha produzida na Buckfast Abbey®). O motivo para o registo da marca Buckfast® é evitar possível degradação, devido à incompetência ou ignorância do "auto-proclamado" criador Buckfast® . Em Portugal serve para que ninguém se aproprie do nome Buckfast® inadequadamente, tendo como objetivo a união de criadores para reproduzir o mais próximo da qualidade das rainhas fornecidas pelo irmão Adam.

                          Abbey - Associação Buckfast Portugal

                                                        Buckfast Portugal

                      Gestão Integrada em apicultura "Buckfast apis Mellifera".


Relatório de Estação de Acasalamento
Branda da Aveleira.
2017


Paulo Gonçalves e Carla Esteves
Nº. 29001
01 de Dezembro de 2017
Melgaço


(RELATÓRIO PRÁTICO DA ESTAÇÃO DE ACASALAMENTO “AVEL”)
Trabalho apresentado à BUCKFAST PORTUGAL.

                                                Agradecimentos


Img. 1 (Branda da Aveleira).
Agradecemos aos colegas apicultores com os quais partilhamos e discutimos experiências e saberes, tornando o trimestre primaveril mais especial.


Índice



  • Sumário
  • História
  • Descrição Prática
  • Ponto da situação
  • Apicultores Buckfast


Sumário


Img. 2 (Apiário de reprodução Buckfast - Virtelo.).
O nosso projeto tem como objetivo, desde o início, aprofundar uma série de argumentos,  relacionando-os com a reprodução de abelhas rainhas, como também com a Estação de Acasalamento da raça Buckfast. Desta forma, dividimos tarefas, tendo vindo a realizar um trabalho de afirmação, com seriedade e exemplo, na Estação de Acasalamento situada na  Branda da Aveleira, a que nos propusemos em 2016. No decorrer do 1º Ano procuramos o máximo de informação através da internet, livros, entrevistas e sessão de esclarecimento com especialistas nesta matéria. Quando nos propusemos criar a Estação foi com o intuito de um projeto que estivesse interligado com o tema da abelha Buckfast. Achamos que seria importante e enriquecedor para a nossa associação trabalhar e divulgar uma apicultura que nos sensibilizasse e que estivesse presente na nossa sociedade. A nossa metodologia de trabalho em grupo divide-se em duas grandes dimensões, a saber: 



1ª. Dimenção: seleção 

Foi necessário recorrer a inseminação para encontrar pormenores insignificantes, mas de grande importância prática.
Img. 3 (Inseminação de uma rainha)


2ª. Dimenção: expansão

Expansão de material genético traz-nos o feedback de resultados tais como:
mansidão, resistência a patologias, produção de mel, adaptação as diversas condições ambientais e etc. 
Img. 4 (Grupo de associados interessados na expansão da abelha Buckfast).



 História


Img. 5  (Irmão Adam)                                  Img.6: (40 anos depois)       
Remontamos ao século passado, onde muitos pioneiros tentaram criar a abelha ideal e assim ter a sua própria raça, mas de modo inglório, havia um jovem monge curioso pela apicultura no mosteiro de Buckfast. Ele tinha lido as obras do Professor Armbruster e foi assim que começou a implementar seu conhecimento,  passando-o da teórica à prática. Em 1919, o irmão Adam, partindo da experiência obtida entre as abelhas locais e a abelha apis mellifera ligustica, mais precisamente da região da Liguria, reproduzindo-as para conseguir um trabalho que lhe permitisse apurar as qualidades peculiares, e também integrou outras raças na apicultura Buckfast, como por exemplo uma rainha francesa da Apis mellifira mellifira. Ele deu a volta ao mundo para encontrar mais linhagens de abelhas que eventualmente poderia cruzar com a abelha Buckfast. Foi responsável pela maior diversidade genética, tornando-a a abelha mais fértil e resistente a doenças. Para o irmão Adam a primeira característica importante foi a resistência ao ácaro traqueal. O irmão Adam foi o "pai" desta raça (abelha buckfast)


Descrição Prática


Img. 7 (Mini-Plus de Acasalamento).
Esta segunda fase foi composta por 16 colmeias dirigidas e coordenadas por mim, tendo também como colaboradores Carla Esteves, Jose Fernandez, Fernando Vaz, João Poeira, Miguel Seabra, Xosé Romar, Pedro Moura e Fátima Ferreira.
  1. Este ano foi a 2ª época na nossa Buckfast-cópula dirigida. Conseguimos concluir o trabalho, mas percebemos que precisamos de melhorar a coordenação.

  2. Neste trimestre (estação) esforçamo-nos continuamente para superar limitações. O ritmo das colmeias, preparadas especificamente para o acasalamento das rainhas, ainda não correspondeu ao montante desejado para a nossa estação de colónias de zangões. A CD074, preparada da melhor forma, é uma abelha muito prolifera: as rainhas apresentavam boa regularidade; as abelhas eram homogénias e os machos mantinham boas características morfológicas.


  3. Img.8  (neve sobre as colmeias)

    As condições meteorológicas, mesmo não sendo muito favoráveis,  durante a temporada primaveril, apontaram que é possível manter o acasalamento de rainhas. Todas as colónias tiveram capacidade de adaptação,  mas para isso foram necessários diversos cuidados para evitar as consequências das alterações extremas do clima, que se fez sentir durante a temporada de cópula na Branda da Aveleira

GENEALOGIA

Img. 9: (rainha B36(PG)                                                                                 Img.10.  (zangões B074(CD))
Img.11 (Quadro genealógico (pedigree).

PONTO DA SITUAÇÂO


Img. 12 (Carta que foi apresentada na DGAV) A Buckfast Portugal enviou a carta, apresentada do lado esquerdo,  para a DGAV com o fim de legalizar a Estação de Acasalamento dirigido para abelhas do género apis mellifera. No dia 22-12-2016 fomos contactados pelo gabinete de recursos genética animal que deferiu para pretensão apresentada , sobre cuja decisão os serviços voltariam ao nosso contacto. Porém, um ano depois da emissão da carta não obtivemos qualquer tipo de resposta de parte da entidade competente.


Apicultores Buckfast:

Este ano tivemos a notícia de dois grandes passos para a história da abelha Buckfast.
O primeiro, deve-se ao facto da Federação Alemã de apicultura reconhecer a Comunidade Europeia de Apicultores Buckfast e também os seus criadores.
O segundo, sendo anterior, deve-se a Paul Jungles que fez um esforço extraordinário para  que em Luxembourg  esta raça fosse oficialmente reconhecida. Esta aprovação deveu-se à variedade de características genuínas da abelha Buckfast.
Estamos mais que satisfeitos com o trabalho, até agora, desenvolvido. Buckfast é uma abelha diferente e Portugal já não está limitado a uma só abelha. São muitos, de Norte a Sul, os que comprovam a sua mansidão e produtividade. Buckfast voa em todo o território nacional. 

 REFERÊNCIAS


Este relatório está pronto e vai fazer parte dos arquivos da Abeyy-Associação Buckfast Portugal.


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